O que procuro em ti, eco ou planície, que não me respondes? Porque devolves apenas a minha voz?

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2018

Dia-a-dia #270

Sonhei que ia defender a minha tese de doutoramento, antes do ritual começar. No antigo anfiteatro de madeira das Belas-Artes, que já não existe, estavam várias pessoas presentes: os meus pais e irmãos, assim como alguns representantes do meu passado; a professora de desenho do 12º ano, cumprimentei-a e ela disse que não me via desde Chelas. Chelas? Mas ela foi minha professora na António Arroio; a minha professora do 3º ano de escultura, um ser humano maravilhoso, lá estava... com o seu sorriso luminoso. Nisto aparece um amigo que é um assumido anti-académico, um intelectual brilhante que muito admiro, e foi o único que reparou que estava à rasca, pergunta-me o que se passa. Respondo-lhe que não fiz o powerpoint para apresentação e me esqueci de trazer um exemplar da tese, se me fizerem alguma pergunta referindo o que escrevi na página tal, vai ser uma desgraça por que não me lembro, nem posso ver. Ele começa a rir à gargalhada, aliás, desatamos a rir os dois, e eu informo-o que trago apenas uma cábula com um discurso. Ele diz-me que vai correr tudo lindamente. Quando acordei estava já a discursar no anfiteatro, a agradecer diplomaticamente a todos os que estavam presentes, e ao júri que tinha vindo de tão longe. Sentia que já era de dia, mas não, vi as horas, eram 4h da matina, fiquei a matutar sobre o assunto, mas nem me mexi de onde estava.

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